A NOS agora usa os clientes para estimular a criação de argumentos para filmes e está a acontecer comigo. Atenção aos mais sensíveis, é um filme de terror e o título só poderá ser “Como torturar e levar os clientes aos limites da impotência”.
Terminei a fidelização no inicio de dezembro e os acossamentos para a renovar eram imensos e extremamente desconfortáveis ao ponto de ter de ir colocando os números na lista negra. De nada valeu pedir que era época de festas e família mas que em janeiro lhes daria atenção, e assim fiz.
Depois de me informar e comparar as ofertas próprias e da concorrência, após muitas chamadas e ter a perceção de terem muito para clientes novos e pouco para um já com seis anos, decidi pedir o código de cancelamento de serviço. Ía ser cliente novo na concorrência.
Mas aí, qual jogo de artimanhas, logo fui contactado e ao final de uma chamada de mais de uma hora cheguei a acordo de renovação no dia 8 de janeiro. O pacote acordado entre outras coisas era passar do serviço IRIS para UMA que implicava instalar uma box nova UMA, instalar noutro local a box IRIS que já tinha e a troca do router para poder fornecer a velocidade de internet que sofreu um upgrade na renegociação.
A 10 de janeiro foi marcada a visita de uma equipa técnica para instalação do serviço para dia 15 ás 18h30. Compreendo o desconforto da hora e até tenho a noção de que poderia ficar o serviço mais “aldrabado”, mas não é a possível durante a semana ser mais cedo. Isso não evitou várias chamadas a tentar remarcar para outra hora.
E aqui começa a parte da “bolinha” do filme. No dia da instalação fui contactado antes da hora por alguém que não conseguia disfarçar má disposição a dizer que estava à porta a a deixar nas entrelinhas ameaças que se iria embora se me atrasasse. Cheguei 8 minutos atrasado e constatei que a equipa técnica era apenas uma pessoa e mal disposta. Tentei amenizar e confessou estar cansado porque estava a trabalhar desde as 7 horas. Iniciou os procedimentos, e sem ainda instalar fosse o que fosse pediu-me para assinar num tablet a fim de iniciar os procedimentos. Nisso reparei que não trazia router e perguntei por ele. Disse não estar contratada substituição do router. Quis confrontá-lo com o documento do contrato recebido por email mas disse que não lhe interessava. Também não sabia que tinha de instalar a box iris noutro local e terminou dizendo que ou aceitava a instalação assim e não poderia reclamar o que faltava, ou teria de dizer que não aceitava e ía-se embora. Obviamente que não aceitei e foi-se embora sem instalar qualquer equipamento.
Minutos depois de ir embora verifiquei que o menu da box se alterou - imagino ter ficado igual ao da UMA, depois deu um erro e fiquei sem serviço. Nos canais sem box também não tinha nada. Internet nada nem por cabo nem wi-fi e telefone completamente mudo. Entretanto vi na area de cliente que já estava ativo o serviço UMA e os respetivos upgrades contratados.
Liguei para a linha de apoio para explicar a situação e depois imenso tempo nos labirintos habituais e de constatar incapacidade e incompetência – que varia de operador para operador, às 19h27m ficou um pedido registado com a promessa de resolução em 24 horas.
Dia 16 de Janeiro ao perceber que se estava a esgotar as 24 horas sem qualquer resolução voltei a ligar. O mesmo cenário e às 18h15m novo pedido registado nas mesmas condições.
Dia 17 às 15h33m recebi sms com marcação de visita de técnico para dia 20 às 15h30m – ninguém perguntou sequer se estaria alguém em casa. O melhor desta marcação era que não me iriam cobrar a deslocação da nova visita… o que me fez rir de desdém. Fiz novo telefonema, o mesmo cenário e voltar a repetir exaustivamente o que se estava a passar, percorrer os mesmo labirintos de operadores e nova marcação às 17h01m com a mesma promessa – resolução em 24 horas.
Caricato, que os filmes de terror também tem momentos de humor. Às 21h27m recebi uma chamada para falar de uma pendência de negociação do inicio de janeiro.
Dito isto e achar que me escaparam alguns pormenores mais sórdidos que podem imaginar – como os de ter de pedir crédito da chamada abusivamente cobrada e até acho que algumas vezes me esqueci de pedir e lá vou ser “roubado”, enfim…
Neste momento são 12h10m do dia 18 e até agora nada. O meu serviço está assim: Sem Internet, sem box, sem televisão e sem telefone . Pior ainda, se ligar para o meu numero fixo diz numero não atribuído - fui verificar à área de clientes e o numero que lá está é completamente diferente. Ainda pior - temos ao cuidado dois familiares próximos com mais de 90 anos, estão adoentados, contam connosco para uma emergência e só sabem usar o telefone fixo.
Isto é mesmo um filme de terror e nunca me senti tão impotente e tão desprezado. A sensação doi mas não me vou render. Sei que é “David contra Golias” mas baixar os braços não. Como já não acredito em nada dentro da (des)organização – provedorias e afins – mas não vou ficar calado, vou-me socorrer de outros meios que fazem mais “mossa” e despertem para estas situações infelizmente demasiado abundantes e impunes destas máquinas mais poderosas. E há muitos por onde. Começo expondo por aqui esta… até me faltam os adjectivos - adjetivem como entenderem.